Conectando com a Energia Interior: A Jornada do Despertar Espiritual com Alba

 

Através da exploração da energia e do despertar da Kundalini, Alba desenvolveu uma conexão única que a levou não apenas a descobrir seu verdadeiro eu, mas também a guiar outras pessoas em seus próprios processos de cura e autodescoberta.

Nesta entrevista, mergulhamos em suas perspectivas sobre consciência, autocuidado e amor-próprio, e exploramos práticas que podem transformar a maneira como vivemos e nos conectamos com nós mesmos. Descobriremos um caminho para reconectar-nos com nossa essência, liberar bloqueios emocionais e encontrar paz interior.

 

Entrevista com Alba @yogawildtribe por David A.

 

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Como você descobriu sua conexão com as energias, e como essa sensibilidade influenciou sua evolução espiritual e bem-estar pessoal?

Desde criança, sempre senti uma sensibilidade especial para com as energias e as pessoas. De certa forma, sempre fui capaz de ver além do que a maioria percebe. À medida que fui crescendo, percebi que essa habilidade não era algo comum e comecei a investigar mais profundamente sobre energias cósmicas e chakras.

Eu já tinha ouvido falar desses conceitos, mas sempre pensei que fossem ideias superficiais ou místicas. No entanto, descobri que tudo isso ia muito além do que eu imaginava. A revelação mais importante veio quando um amigo me ofereceu uma sessão de despertar da Kundalini. Foi uma experiência que me fez perceber que, de alguma forma, eu vinha trabalhando com essa energia desde pequena, embora de forma inconsciente.

A partir daí, decidi me capacitar e me aprofundar nesse conhecimento. Esse processo levou a uma mudança profunda, não apenas na minha forma de ver o mundo, mas também no meu autocuidado. Tem sido uma parte crucial da minha evolução espiritual, uma transformação que impactou não apenas o meu bem-estar físico, mas também minha autoconsciência. Aprendi a ouvir o meu corpo e a respeitar o que ele realmente precisa a cada momento.

A revelação mais importante veio em (...) uma sessão de despertar da Kundalini

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O que queres dizer quando falas de ver além?

É um assunto delicado. Quando estás aberto a outras energias e és uma pessoa muito sensível, como eu, é fácil perceber os sentimentos daqueles à tua volta. É difícil de explicar, mas eu sinto isso. Às vezes consigo até perceber se tiveram uma infância difícil ou se estão a passar por algum tipo de problema na sua vida.

Esta capacidade permitiu-me ajudar muitas pessoas a curarem-se emocionalmente, até em questões das quais não estavam conscientes. Através do despertar da energia Kundalini e de outras energias, tenho conseguido guiar muitas pessoas no seu caminho de cura.

 

Quando descobriste que tinhas esta capacidade de te conectar com a intuição de uma forma tão autêntica? Quando tomaste consciência disso?

Tomei consciência desta capacidade relativamente há pouco tempo. Antes, não tinha a maturidade necessária para compreendê-la ou para lhe dar um nome. No entanto, é algo que me acontece desde criança.

Consigo perceber quando alguém tem um bloqueio emocional, e se sinto a confiança necessária, tento investigar para ajudar a identificá-lo e orientá-lo. É um tema delicado, porque raramente falo abertamente sobre isso; as pessoas podem ser muito cépticas, e compreendo. Vivemos numa sociedade onde muitas pessoas usam uma "máscara" emocional, um papel que desempenham na vida quotidiana.

Nos retiros, especialmente nos grupos de mulheres, trabalhamos num ambiente acolhedor e familiar onde podemos começar por nos reconhecer, antes de mais nada, e depois aceitar-nos. Esta aceitação é o primeiro passo para a evolução pessoal. Estamos sempre em constante mudança; não existe um destino final. A vida é um percurso que exige que continuemos a caminhar, tanto nos momentos difíceis como nos bons.

Estamos sempre em constante mudança; não existe um destino final

Segue a Alba em @yogawildtribe

 

O que significa para ti conectar com a consciência? Como ajudas as pessoas a expandirem a sua consciência nos teus retiros?

É uma pergunta complexa, porque conectar com a consciência não é fácil de explicar. Começo sempre pela ideia de que, para viver conscientemente, o mais importante é ter uma base sólida sobre quem és. Não se trata de alcançar um nível elevado de consciência de imediato, mas de te conheceres profundamente. No fundo, o verdadeiro propósito da vida é descobrir quem és e por que estás aqui, para além de ter um trabalho ou uma casa.

Nos retiros, foco-me primeiro em identificar os bloqueios que impedem as pessoas de se conectarem com a sua verdadeira essência. Sentimentos como o stress, por exemplo, desligam-nos de nós próprios e mantêm-nos presos numa espécie de rotina mental. Digo sempre aos participantes que, para se preencherem de amor e consciência, primeiro têm de se esvaziar da dor. Quando consegues isso, começas a ver-te a ti próprio e ao mundo ao teu redor de uma forma completamente diferente.

Para te preencheres de amor e consciência, primeiro tens de te esvaziar da dor

Que práticas recomendas para que as pessoas consigam uma conexão mais profunda com a sua essência?

Uma das práticas mais poderosas é o simples ato de olhar nos olhos do outro. No início, é desconfortável. Não estamos habituados a olhar para as pessoas de forma tão direta. Muitas vezes evitamos esse olhar porque temos medo que a outra pessoa veja o que realmente sentimos: tristeza, cansaço, preocupação. Mas quando ultrapassam essa barreira, algo muda. Percebem que, no fundo, todos partilhamos as mesmas emoções, as mesmas lutas. As máscaras caem, e começam a conectar-se a um nível mais profundo.

Quando olham nos olhos uns dos outros, estão, de certa forma, a olhar para a alma do outro, e essa conexão profunda permite-lhes libertar emoções que talvez estivessem a reprimir há muito tempo. Já vi muitas pessoas nos meus retiros chorarem apenas por se olharem nos olhos, sem dizer uma palavra. É um momento de libertação, onde sentem o apoio dos outros, a força da irmandade. Esse olhar ajuda-os a reconhecer-se, a empoderar-se e, acima de tudo, a começar a curar-se.

No fundo, todos partilhamos as mesmas emoções, as mesmas lutas

E o que esperas que as pessoas levem dos teus retiros? Qual é o teu objetivo final com estas práticas?

Não espero nada em particular. Quero simplesmente que as pessoas se sintam elas próprias, que curem, que se sintam em paz e empoderadas. Não podemos controlar tudo na vida, mas podemos lidar com o que está a acontecer connosco naquele momento. O que me interessa é que cada pessoa perceba que pode tomar decisões e que tudo passa. O meu propósito é ajudá-las a dar esse passo, a mudar a sua vida e a serem mais felizes. No final, trata-se de encontrar essa paz interior.

 

Descobre os retiros de Alba em @yogawildtribe

 

 

Que práticas recomendarias a quem procura avançar no caminho do amor-próprio e do autocuidado?

Verbaliza o que sentes. Se não te sentes confortável a falar com outra pessoa – porque pensas que o que te está a acontecer é único – tenta expressá-lo de alguma forma, mesmo que seja a falar contigo próprio.

No yoga, chamamos-lhe "Purusha," o princípio consciente ou consciência pura. Podes falar com uma pessoa próxima – como o teu parceiro ou um amigo – mas também pode ser algo tão simples como um objeto, até uma planta. O ato de expressar o que sentes, mesmo que seja a uma planta, tem um poder libertador. No final, não estás a falar com a planta; estás a falar contigo próprio, e isso ajuda-te a libertar as emoções que carregas dentro de ti.

Muitas vezes, guardamos sentimentos que não expressamos, o que cria uma frustração interna que nos impede de avançar. A chave está na aceitação, porque só quando te aceitas podes avançar em direção ao amor-próprio.

 

Que legado gostarias de deixar através do teu trabalho, e como gostarias de ajudar as pessoas que estão a ler esta entrevista?

Quero que as pessoas parem, reflitam e escutem a si próprias. Vivemos numa sociedade que nos empurra a andar depressa, a competir, a nunca parar, e isso desconecta-nos de quem realmente somos. Se há algo que quero transmitir, é que devemos escutar-nos, fazer uma pausa e dar-nos o espaço para entender o que realmente precisamos.

 

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Ao longo desta entrevista, a Alba guiou-nos pelo delicado e transformador caminho do despertar espiritual e da conexão com a nossa energia interior. Ela convida-nos a parar, a ouvir-nos e a dar-nos o espaço necessário para reconhecer as nossas emoções, curar os nossos bloqueios e reconectar-nos com a nossa essência.

O seu foco na consciência e na autoconsciência incentiva-nos a olhar para além do superficial e a conectar-nos com a nossa essência mais autêntica. Alba deixa-nos uma lição poderosa: em cada passo que damos, em cada mudança que enfrentamos, temos sempre a oportunidade de encontrar paz, amor-próprio e equilíbrio.

Obrigada, Alba @yogawildtribe, por partilhares a tua jornada e por nos inspirares a transformar as nossas vidas a partir de dentro.

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