Arte, Yoga e Ativismo – Um Caminho para a Revolução Espiritual
Na busca por líderes que incorporem um profundo compromisso com a justiça social, a espiritualidade e a preservação ambiental, María Laín se destaca como uma figura proeminente. Com uma trajetória que vai da prática do yoga ao ativismo climático, María posicionou-se como uma voz influente no campo do bem-estar e da consciência social.
Nesta entrevista, exploramos sua jornada espiritual e seu compromisso com a arte e a justiça climática. Através de suas palavras, María nos convida a refletir sobre a importância de nos conectarmos com nós mesmos, com os outros e com o planeta. Sua visão inspiradora e transformadora exemplifica o que significa viver com propósito e compaixão.
@arimalain por David A.Namastê, María. É um prazer tê-la conosco hoje. Gostaríamos de saber mais sobre sua jornada espiritual e seu compromisso com o meio ambiente. Como começou sua busca pela espiritualidade e como ela evoluiu ao longo dos anos?
Minha jornada espiritual começou muito cedo, desde que me lembro. Um momento que lembro claramente aconteceu quando eu tinha cerca de seis ou sete anos. Eu tinha acabado de sair do banho, olhei para mim no espelho e, olhando diretamente nos meus olhos, perguntei repetidamente a mim mesma: "Quem sou eu?". Em um instante, senti minha consciência se desprender do meu corpo e percebi que eu não era apenas esse corpo físico, mas que havia algo mais, uma consciência transcendental, uma alma. Essa experiência marcou o início de uma vida vivida com uma visão de transcendência.
Desde então, tenho buscado constantemente o sentido da vida e a natureza da existência. Durante minha adolescência, desenvolvi um profundo interesse por filosofia, arte e natureza, o que me levou a uma conexão mais profunda com a vida e o universo. Aos 19 anos, encontrei um novo caminho espiritual através do cristianismo, uma experiência de amor tão intensa que me enraizou profundamente nesses valores.
Mais tarde, reconectei-me com o yoga, especificamente com o Jivamukti Yoga. Essa prática não só reforçou minha espiritualidade, mas também me ajudou a integrar esses princípios na minha vida cotidiana e no meu compromisso com a justiça social. O Jivamukti Yoga permitiu-me fundir minha espiritualidade cristã com uma visão mais ampla da consciência cósmica, apoiando minha missão de contribuir para um mundo mais justo e compassivo.
Quem sou eu? {...} Percebi que eu não era apenas esse corpo físico, mas que havia algo mais, uma consciência transcendental, uma alma.
*María Laín é embaixadora da oléyoga. Obtenha seu desconto de 15% com o código: "MARIALAIN"
Quais experiências influenciaram seu interesse pelo ativismo ambiental?
Desde criança, sempre tive uma profunda conexão com a natureza. Meus pais sempre apoiaram meu interesse pelo meio ambiente e pelas causas sociais. Nossa casa estava cheia de plantas e animais resgatados. Um dia, vi um anúncio sobre crianças na África que precisavam de ajuda, e senti a necessidade de fazer uma doação. Juntos, com minhas pequenas economias e o apoio deles, fizemos a doação.
Essas experiências não só reforçaram minha conexão com a natureza, mas também me incutiram um profundo senso de responsabilidade para com o meio ambiente e os outros. Aprendi que cada pequena ação pode fazer uma grande diferença e que é nosso dever cuidar do nosso planeta e daqueles que nele habitam. Esse senso de responsabilidade guiou minha vida e meu compromisso com a justiça social e ambiental.
Que ações você acha que podemos tomar em nossas vidas diárias para enfrentar a crise climática?
Votar e participar da política são essenciais, mas fazer política também é decidir como você vive, o que você compra, o que você consome e como você usa seus recursos. Cada pequena ação conta, desde como gerenciamos a energia até nossas escolhas alimentares e de vestuário. É crucial manter-se engajado com a sociedade e o meio ambiente em que vivemos, tomando decisões que reflitam nosso compromisso com os outros e com o planeta.
Cada pequena ação pode fazer uma grande diferença, e é nosso dever cuidar do nosso planeta e daqueles que nele habitam.
A expressão artística faz parte da sua personalidade. Qual é o papel da arte em sua vida e como ela a inspira em seu caminho pessoal e de vida?
A arte sempre foi meu refúgio, um espaço onde posso ser autêntica e me conectar com a parte mais essencial da minha alma. Desde criança, fui cercada por influências artísticas em minha família e, através da arte, encontrei uma maneira de me aproximar da verdade, da beleza e da bondade. É uma forma de expressar o que carrego dentro de mim e me enche de plenitude e alegria. Você não precisa ser um artista profissional; qualquer forma de criatividade, seja escrever, dançar ou simplesmente apreciar a beleza, é um caminho para se conectar com nossa essência interior.
Qualquer forma de criatividade {...} é um caminho para se conectar com nossa essência interior.
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Como a filosofia e o amor influenciaram sua busca pelo propósito da vida?
O propósito da vida não é algo que você encontra por acaso; você o descobre através da experiência do amor pleno. Essa experiência ajuda a questionar o propósito da sua vida e seu lugar no mundo.
No meu caso, quando experimentei o amor incondicional e a união com tudo, que é a essência da não-dualidade, entendi que meu propósito é viver nesse amor, senti-lo e compartilhá-lo. A partir desse entendimento, você toma decisões sobre como deseja viver e onde deseja investir seu tempo e energia.
O propósito da vida é viver no amor e em comunhão com tudo: consigo mesmo, com Deus e com os outros. A partir daí, você pode se desenvolver e contribuir de acordo com suas qualidades e talentos em qualquer área da vida. A essência é sempre a mesma: estar em harmonia e em conexão com tudo ao seu redor.
O propósito da vida é viver no amor e em comunhão com tudo: consigo mesmo, com Deus e com os outros
Que mensagem inspiradora. Quem foram seus maiores mentores e como influenciaram sua maneira de ser, pensar e agir?
Há duas pessoas que tiveram uma influência muito especial na minha vida. A primeira é minha avó, Rosalía. Conheci-a melhor quando tinha 15 anos e percebi que ela possuía algo extraordinário. Estar perto dela era como entrar em um mundo de energia, amor e calor. Sua capacidade de viver no amor de maneira tão natural me marcou profundamente e me inspirou a seguir esse caminho na minha própria vida.
A segunda pessoa é um amigo muito importante que me ajudou a descobrir e entender a profundidade do amor que posso sentir por outra pessoa. Essa experiência me transformou e me mostrou um novo nível de conexão e afeto pelos outros.
Além disso, acredito que todas as pessoas e experiências que passamos na vida são professores que nos ensinam e nos ajudam a ver mais claramente. Cada interação e cada relacionamento nos oferece a oportunidade de aprender e crescer.
Todas as pessoas e experiências que passamos na vida são professores que nos ensinam e nos ajudam a ver mais claramente.
Falamos sobre filosofia e valores. Que mensagem você gostaria de deixar para as novas gerações que desejam se envolver no ativismo ambiental?
Cada vida é muito importante e valiosa, e podemos fazer algo bonito com ela. Podemos nos dedicar ao serviço do bem, começando por nos amar. Ao reconhecer nosso próprio valor, nos abrimos para a capacidade de amar os outros e estender esse bem para o planeta e a natureza.
O ativismo deve ser uma expressão de alegria e um desejo sincero de fazer o bem. Embora o ativismo envolva enfrentar problemas e conflitos, também é uma fonte de alegria e unidade, pois você está fazendo algo positivo para todos.
O ativismo deve ser uma expressão de alegria e o desejo sincero de fazer o bem.
Para concluir, como você acha que a busca pela espiritualidade pode contribuir para nossas lutas, seja pela justiça social ou contra as mudanças climáticas?
A espiritualidade fornece uma base sólida, uma presença constante e uma resiliência que o impulsiona e o mantém firme em seu caminho. É a força motriz por trás da sua luta.
Saber qual é o meu objetivo final, que é o bem, essa união, permite-me viver a consciência climática e social com uma serenidade que me ajuda a agir sem desespero, sempre mantendo uma atitude positiva. A luta deve ser de alegria e paz, com consistência e firmeza, e acima de tudo, com o coração.
A luta deve ser de alegria e paz, com consistência e firmeza, e acima de tudo, com o coração.
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María combina harmoniosamente sua espiritualidade, paixão pela arte e compromisso com a justiça climática. Sua mensagem de amor, unidade e ação nos convida a fazer parte de uma mudança positiva, abraçando a alegria e a compaixão em todos os aspectos de nossas vidas.
Através de sua prática de yoga e amor pela arte, ela nos mostra de forma delicada e apaixonada como viver em harmonia conosco, com os outros e com a natureza para contribuir para um mundo mais justo e compassivo.
Obrigado, María, @arimalain por sua inspiração e generosidade, e obrigado à Numen Yoga @numenyoga pelo seu maravilhoso espaço de yoga.
